Poster (Painel)
221-1 | Diversidade e biogeografia de fungos e bactérias do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, SC: uma visão conservacionista | Autores: | Armas, R.D. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Rodrigues, T.B. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Flores, GFD (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Armas, E.D. (UNISAL - Centro Universitário Salesiano de São Paulo) ; Soares, C.R.F.S. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Rossi, M.J. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Giachini, A.J. (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) |
Resumo A Mata Atlântica, por seu isolamento de outras florestas da América do Sul, evoluiu a um ecossistema único e diverso de vegetação e tipos florestais. Na busca da preservação e do conhecimento sobre a diversidade nos fragmentos remanescentes da Mata Atlântica, foram criadas diversas áreas de preservação ambiental, dentre elas o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Santa Catarina. Devido à rápida devastação que os remanescentes da Mata Atlântica estão sujeitos, é imprescindível que estudos sobre a diversidade microbiana sejam realizados como alternativa de preservação e recuperação daquelas áreas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura das comunidades e a diversidade de bactérias e fungos do solo de cinco (dos seis) ecossistemas representados no Parque: restinga (R), mangue (M), floresta ombrófila densa (FOD), campos de altitude (CA) e floresta ombrófila mista (FOM), e relacionar os dados obtidos com os atributos químicos do solo e a distribuição geográfica dos ecossistemas estudados. Foram realizadas coletas em duas épocas do ano: verão e inverno. Um total de 150 amostras de solo foram obtidas neste estudo. Além das amostras de solo, foram coletados corpos de frutificação dos fungos encontrados. A identificação dos fungos tem sido realizada via análise das características morfológicas e será confirmada por meio de análises moleculares. Até o presente, foram verificadas variações entre o número de espécies encontradas em cada ecossistema em função da época da coleta. No inverno, os ecossistemas que apresentaram os maiores números de espécies foram FOD (45), seguido de R (23) e FOM (15). O M e os CA apresentaram apenas 7 e 5 espécies fúngicas, respectivamente. Já no verão, a maior diversidade de espécies foi evidenciada na R (30), seguida da FOM (27), FOD (13), M (6) e, finalmente, CA (5). No geral, o número de espécies encontradas no inverno (93) foi similar àquele do verão (81). Os gêneros mais abundantes foram Marasmiellus, Marasmius e Mycena. Algumas espécies encontradas são raras, tais como Entoloma hochstetteri e Ramaria araiospora. A análise da estrutura das comunidades e diversidade microbiana do solo (fungos e bactérias) estão sendo complementadas através da extração do DNA, com posterior realização de PCR-DGGE e, finalmente, sequenciamento metagenômico. Com estes resultados espera-se conhecer a diversidade de bactérias e fungos do solo da Mata Atlântica do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, permitindo a preservação deste importante ecossistema. Palavras-chave: Ecossistemas, PCR-DGGE, Sequenciamento, Banco de dados, Georreferenciamento |